Um paraíso na terra. Isso é Sinai.
No Brasil, estamos, de certa forma, familiarizados com Monte Sinai, pois foi lá que Moisés subiu as montanhas para falar com Deus, recebeu os dez mandamentos e escreveu tudo numa tábua de pedra. Depois, também abriu o mar vermelho, permitindo que o povo judeu deixasse finalmente o Egito e muitos anos de escravidão.
Sinai é uma península que fica entre o Mar Vermelho e o Canal de Suez.A paisagem é incrível, pois mistura praia, montanha e deserto de uma forma particular. É parte do Egito, mas em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, teve metade de seu território ocupado por Israel.
Os israelenses devolveram as regiões ocupadas para o Egito como parte do acordo de paz, em 1979.
Durante muito tempo a costa de Sinai foi bastante frequentada, principalmente por turistas israelenses, mas o turismo decaiu drasticamente depois de alguns atentados que aconteceram em 2004, deixando quase cem mortos e mais de duzentos feridos.
O governo israelense sempre lança comentários recomendando aos cidadãos que não frequentem o lugar, mas isso se deve também á uma questão econômica, pois é melhor se o dinheiro for gasto em Israel mesmo.
O que ví com meus próprios olhos foi um paraíso, um oásis em meio ao deserto e, deserto. Dormi debaixo do céu estrelado, despertei com o calor do sol, comi uma comida simples e caseira, li "Cem anos de solidão" que por sinal, não podia ser um livro melhor para ser lido alí e tive o prazer de nadar no meio dos corais.
Shakshuka, um prato muito comum em Israel. Ovos fritos no molho de tomate e alguns vegetais de acordo com a preferência, queijo egípcio (Feta), a famosa salada israelense e pão sírio. Uma delícia.
Depois o café que é servido bem bonitinho no estilo árabe com pózinho no fundo. Se soubesse ler a sorte...
Snorkeling, um festival de cores, vida, vida, vida! Que ousadia o ser humano pensar que pode usurpar esse tesouro para pendurá-lo no pescoço ou onde for. Fiquei tão encantada... e ainda não entendo o que há de errado com o mundo em que melhor é possuir um objeto morto que deixá-lo com vida em seu lugar.
Mas este post não acaba aqui. Quero falar um pouco sobre os beduínos e para não me alongar demais, como fiz com Yaffo, vou continuar daqui a dois dias. Por enquanto, se quiser saber mais dê uma olhada na enciclopédia.