terça-feira, 10 de agosto de 2010

Deserto

Este final de semana fiz uma viagem ao sul de Israel, atravessando o deserto até o Mar Morto. Foi lindo.

Primeira parada: Ein Gedi Waterfall. Na verdade foi indicação. Paramos pra comer numa barraca de beira de estrada "Philip Farm", o moço que nos preparou um sanduíche especial, feito com pita beduino (que no Brasil chamamos de pão sírio, mas esse é um pouco diferente, com a massa bem fininha, parece quase uma panqueca) e queijo de cabra que ele mesmo faz, disse que poderíamos tomar um banho numa cachoeira próxima à nossa destinação.


Estacionamos o carro e caminhamos uns dez minutos seguindo um riacho. No caminho encontramos alguns homens vindo na direção oposta. Só homem, um, depois outro, e mais outro... Minha cabeça brasileira começou a alarmar: perigo! Já meu namorado, que é israelense, se preocupou por outros motivos. Todos estes homens que passaram por nós eram de origem árabe e, quando ele perguntou sobre a cachoeira, a resposta não foi muito amigável. 
Nada aconteceu. Chegamos ao lugar que procurávamos. Não tinha ninguém, era lindo e tivemos um encontro  maravilhoso com dois veadinhos, é sempre fascinante presenciar a natureza selvagem.


Só nos sentimos um pouco vulneráveis, pois estávamos em dois, longe do carro e no meio do nada. Mas enfim, seguimos viagem.
Acampamos no meio do deserto. Muito quente mesmo. A terra emanava calor, o vento soprava sem parar, mas morno. O céu, estreladíssimo. Silêncio.


 Próxima parada: pôr do sol em Masada. Masada foi uma fortaleza, construída no topo de uma montanha sob ordens do famoso Rei Herodes. Está a 450 m acima do nível do mar. Hoje, a área é um parque nacional preservada pela Unesco. Lá, podem-se ver as ruínas, parte de alguns mosaicos e o sistema hidráulico que trazia água lá de baixo. Masada também é famosa pela sua trágica história. 
Pra encurtar, em 72 DC, os romanos atacaram a fortaleza, mas não conseguiram invadir o lugar. Demoraram meses, mas construíram uma rampa de acesso. Quando os judeus perceberam que os romanos estavam prestes a conseguir invadir Masada, cometeram suicídio coletivo.

Subimos caminhando pelo Snake Path ou Caminho Serpente, porque é longo e, visto de cima, parece uma serpente gigantesca. Não é fácil, chegamos ao topo com os bofes de fora, 40min de subida íngreme.

Lá vem ele. Bom dia sol!

Valeu a pena o esforço!!! Um verdadeiro espetáculo.


Uma voltinha pelas ruínas.

 Esta foto foi tirada por volta das 07h00 da manhã. Já devia estar fazendo uns 40 graus.
A viagem continua. Próxima parada: Mar Morto




Sim, o Mar Morto é um lugar incrível. Uma beleza diferente e um calor insuportável. As 09h00 da manhã chegamos no hotel. O relógio da piscina marcava 50 graus, sem brincadeira. Nunca estive num lugar tão quente e, eu que pensava que o calor do nordeste brasileiro fosse o máximo... mas aqui tem menos humidade.



É puro sal, as 05h00 da tarde, a temperatura da água deve estar uns 40 graus. Até baixa a pressão. Por isso, as pessoas passam o dia em hotéis à beira do mar, assim ficam entre a piscina e a praia.
Denúncia: Estão acabando com o lugar!!! A indústria, principalmente de cosméticos, está drenando a água toda pelos minerais. Só a área onde estão os hotéis está sendo preservada. Por que será?




De volta pra casa. Um último olhar sobre o deserto.

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